Será o prematuro fim do e-Social?

Muito vem se falando a respeito do fim do e-Social, mas será mesmo que ele irá sucumbir bem antes do que se espera? Fica essa dúvida, pairando no ar. Primeiro temos que analisar os diversos aspectos que envolvem o cancelamento de um projetes como esse.

Um projeto que vem sendo elaborado, e desenvolvido desde do Decreto que o criou em 2014 e que de lá pra cá sofreu diversas alterações, o que já era de se esperar, e onerando os profissionais envolvidas, além dos empresários que tiveram que ter custos dispendiosos para realizar tal implantação e que no final, verifica-se que esses custos vultuosos de nada adiantaram, uma vez que as inconsistências apresentadas são da própria plataforma.

O final de um projeto desta envergadura, cheio de inconsistências, de erros de programação, com tantas sobreposições de informações, sendo solicitadas de forma repetitiva, seria um acalento a todos envolvidos e creio que para o próprio governo, porém, se tornaria muito mais prático se houvesse uma real e verdadeira simplificação na plataforma, onde apenas os dados que já eram repassados através da SEFIP/GFIP e ali geradas as contribuições de cunho social/trabalhistas fossem reunidos em um único lugar. Mas isso seria pedir demais para que os sábios desenvolvedores do governo o fizesse, uma vez que o intuito governamental é dizer que estão simplificando as coisas, para na verdade torna-las mais complexas possíveis, fazendo todos a terem custos exorbitantes para implantar e implementar a politica exigida pelo e-Social.

O que a principio era apenas para gerar informações dos empregados domésticos e garantir os seus direitos, passou a ser a maior dor de cabeça dos empresários, contadores e pessoal do RH. Venho escrevendo sobre o assunto há algum tempo, e mostrando a dura realidade de um projeto de implantação desta plataforma, seja para uma ME ou S/A, guardadas as suas devidas proporções, os transtornos encontrados são os mesmos, o grau de dificuldade também não apresentam nenhuma diferença, ou seja, é uma plataforma totalmente instável.

Muitos querem o fim do e-Social, porém talvez seja um final difícil de se ter, mas que por ventura possa ocorrer. Particularmente, não creio que o e-Social acabe. O que se tem que ser feito é o governo aceitar que vem errando de forma constante com a plataforma e jogar o excedente de informações fora e deixá-la mais simples possível, para que se possa ter uma plataforma rodando sem inconsistências internas por conta de um acento, ou um espaço a mais que se coloque em algum dos seus milhões de campos/formulários.

Quando criado toda estrutura trabalhista a mesma tinha o intuito de que as informações referente seus colaboradores, tivesse o máximo de informações possível com o minimo de documentos que se apresentaria para recolhimento das obrigações e informações ao governo. Era o que ocorria até pouco tempo atrás, quando gerávamos a folha, e dentro do sistema processávamos o arquivo SEFIP, para gerar a GFIP, e GPS, para os devidos recolhimentos, além de gerar os DARFs e demais documentos pertinentes a folha de pagamentos, o que era fácil hoje se tornou impossível de ser feito. Agora nos cabe lutar por uma simplificação da plataforma para que possamos ter a tranquilidade de tempos outrora.

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